Hoje vou falar sobre um assunto polêmico: DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
No consultório, minha maior dificuldade é de dar o diagnóstico de DST, pois compromete o relacionamento do casal. Como certas DSTs, como o HPV, tem um período de incubação de até 20 anos, portanto, não necessariamente seu contágio ocorreu com esse parceiro atual. Sendo que a Gardinerella não é considerada – como todos pensam – uma doença sexualmente transmissível, pois pode ocorrer também por alteração de pH vaginal.
Voltando a falar do HPV, minha querida leitora, a verruga na vulva tipo couve-flor é o subtipo de HPV menos agressivo. Hoje temos a vacina quadrivalente que é dada para todas as mulheres a partir dos nove anos para prevenir câncer por HPV. Também serve para aquelas mulheres que já entraram em contato com HPV.
Quanto aos outros tipos de DST, temos:
A Clamídia que, geralmente, é de diagnóstico difícil, mas se a paciente apresentar infecção do trato urinário ou Cistite de repetição, colo friável (que sangra), devemos geralmente pensar logo em Clamídia.
Há também o Gonococo; com a secreção muco-purulenta no colo uterino e dor pélvica.
A Sífilis, com sua alta incidência na gestação e no recém-nato; portanto nunca deixe de realizar o respectivo teste no pré-natal;
HIV, o qual não ocorre apenas entre parceiros homossexuais, está aumentando muito entre parceiros heterossexuais.
Além disso, querida, se você for detectada com um tipo de DST, não deixe de ser vacinada contra a Hepatite B, pois ela também é considerada DST e facilita a entrada do vírus HIV.
Peça sempre ao seu ginecologista todos os exames de DST.
Sendo assim: preventivo anual e rastreio de DSTs + preservativo = saúde da mulher.
Beijão e até a próxima.
Dra. Rozeli de Medeiros Poloni
Ginecologia e obstetrícia